11.9.11

Atentados a todo momento

Hoje, 11 de setembro de 2011. 10 anos de um "atentado" terrorista que entrou pra história. Existem algumas teorias sobre o fato. As autoridades dos EUA dizem que foram atacados, mas também há quem diga que tudo foi permitido por umas poucas "cabeças" do alto escalão do país. Que sabiam dos planos terroristas e o permitiram. E mais, além de permitirem colocaram até mesmo explosivos nos alicerces dos dois prédios, as falecidas torres gêmeas do World Trade Center. Enfim, são várias teorias conspiracionistas... e prefiro não me deter muito nessa parte do assunto. Pensando num fato real disso tudo, muitas vidas inocentes se perderam, se foram. Parte das vítimas simplesmente morreram na hora. Outras passaram por momentos desesperadores até não terem saída e morrerem. Sufocando, queimando, ardendo, pedindo a Deus, implorando ajuda. Vidas que pagaram por erros sabe-se lá de quem (para não voltar às teorias de quem foi a culpa do fato).

O mundo todo ainda sensibiliza-se com essa história. Hoje o mundo olha com dor no coração para o noticiário que relembra o 11 de Setembro de 2001. Claro, isso vende, dá ibope! Mas e os atentados que estão a nossa volta, no nosso dia a dia, atentados que muitas vezes cometemos, como fica?
A nossa volta estão casos e casos de atentados aos direitos humanos de cada um de nós, aos direitos humanos de cada um dos pedintes nas ruas, aos direitos da criança, aos direitos de qualquer ser vivo, independente de ser um ser humano.
Colaboramos para esses atentados acontecerem, sabe quando?
Quando nos recusamos a escolha consciente dos políticos que elegemos.
Quando não respondemos por nossos deveres como cidadãos.
Quando não lutamos por nossos direitos.
Quando nos iludimos e dizemos que pensar em políticas públicas, sociais e em nosso próximo não vai adiantar nada.

E não pensar nisso tudo vai resolver alguma coisa? Não fazer nada é a solução?

Nos iludimos e colaboramos para que atentados cotidianos continuem. Dizer que nada fará a diferença é muito simples. É só dizer e continuar acomodado em sua rotina, seja num trabalho escravo com uma vida medíocre ou seja numa vida aventurosa e cheia de "alegrias". Mas e o mundo que estamos criando, que estamos permitindo ser criado? É nesse mundo que queremos viver, ter filhos e vê-los crescendo? Um mundo de corrupção, de desilusões iludidas, do se tranque em casa porque os bandidos estão nas ruas?

O mundo depende de cada um de nós assim como muitas vezes dependemos dele. É certo que se você não quer nenhuma obrigação com o mundo tem opções: aldeias alternativas. Porém, quando estivermos em colapso total elas não terão espaço para abrigar todos os fugitivos de uma sociedade falida (que se permitiu falir). Não seria mais fácil encarar o problema do que empurrá-lo com a barriga? Hoje em dia alguém ainda sente prazer em fazer algo que possa ajudar o mundo a ser melhor? Minha resposta é sim e sim para essas duas questões (ainda que falte muita gente começar a se mexer para as coisas começarem a mudar de fato).

Fod***-se o 11 de setembro que tanto noticiam. Olhem para as pessoas a sua volta. Pessoas que poderiam ter uma vida mais digna, feliz, completa se cada um fizesse a sua parte com responsabilidade.

Nossos votos podem funcionar como granadas. Podemos depositá-los na confiança de alguém que poderá jogar contra nós mesmos ou podemos ser conscientes e entregá-los em confiança de quem quer o melhor não para si próprio, mas para alguém que pensa em coletividade, no bem estar de todos.
A política tem como ideal ajudar construir uma sociedade e não destruí-la.

Faça sua escolha, os atentados podem cessar. Até lá, você pode ver e analisar os atentados cotidianos, assistir pessoas ardendo por oportunidades e condições dignas, crianças implorando por respeito, educação, alimento, saúde, vida. Cidadãos que pagam todos os impostos morrendo em filas de hospitais. Vítimas de violência moral, sexual e social. Assista nos noticiários matérias completas e coberturas fantásticas dos atentados cotidianos. Assista acomodado em seu confortável sofá, mas reflita: a quem vai entregar a sua granada?