10.9.12

Expectativa, uma faca de dois gumes

Acho que todos sabem o que vem a ser uma faca de dois gumes. Mas se alguém não sabe, é uma faca que possui dois lados com corte, não como uma faca comum de cortar pão. É uma faca que lembra um punhal ou que também pode ser chamada como tal. Enfim... o punhal também é uma faca de dois gumes.
Fazendo uma analogia desse tipo de faca com "expectativa", posso indicar vários sentidos pra isso. Alguns que não gostaria sequer que existisse a possibilidade de existirem, mas vamos nessa.
Expectativas podem ser ótimas, podem ser usadas a nosso favor e claro, se você começa algo sem ter expectativa nenhuma, talvez não esteja tão afim de ter ou ver resultados. Diria que é como fazer por fazer. E então esse lado da faca, esse gume pode ser o lado positivo. É o lado da faca que te ajuda a cortar o queijo, que te motiva a chegar lá. Você precisa cortar o pão e os ingredientes pra fazer um sanduíche, não é? Precisa de motivação, ter uma meta, que chamo também de expectativa, pra saber o que quer, o que espera e onde quer chegar.
Agora vem o outro lado da faca, o outro gume. A parte que pode te machucar, te ferir, te decepcionar. Expectativas podem se tornar frustrações. Podem dilacerar um coração pouco a pouco, milímetro à milímetro, parte por parte. Expectativas demais nunca são boas, esperar que as pessoas possam suprir expectativas suas também não. O segredo é não criar expectativas cuja as quais não dependem só de você. A parte chata é que esse segredo contém uma receita que ainda se mantém secreta pra muita gente, incluindo a mim. Mas talvez o segredo esteja no simples desprendimento, desapego. O pior disso tudo é que muita gente confunde desapego com descaso. Eu pego no meu próprio pé para não fazer o que vejo muita gente fazendo. Muitos falam e falam de desapego como descaso mesmo. No sentindo "não tô nem aí", quando na verdade se está muito aí. Acho que o caminho não é repudiar o que sentimos. O caminho é entender porque sentimos, o que nos leva ao que de fato está incomodando, está nos afetando. O que está fazendo uma simples faca de pão se tornar um punhal cravado em nós? Queremos as expectativas como ferramentas a nosso favor e não contra nós. Queremos cortar o pão e não nosso pulsos. Queremos nos fortalecer e não sangrar. Queremos tanta coisa mas muitas vezes deixamos passar, desvalorizando, o que já temos. Eu só quero uma faca de pão, vou dispensar o punhal. Meu conselho é que simplesmente façam o mesmo. Bjons! ;)

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