29.11.11

De lingerie não pode! Ou pode?


correção: é biquíni

A figura ao lado ilustra bem uma realidade engraçada, ou até mesmo um tipo de hipocrisia. Mas é claro que se a mulher não estiver com aquela lingerie linda, bem cuidada e maravilhosa ela vai sair correndo querendo esconder. Ainda mais se o quesito insegurança falar alto.

Sei que de biquíni pode tudo. De lingerie pode nada? Não é assim? Muita gente acha que ensaios fotográficos de lingerie são coisas apenas de artistas, famosos, celebridades - com cérebro de ervilha - e coisas assim. Hipocrisia pura. Por que as bonitas anônimas posam livremente com seus biquínis fio-dental e não podem tirar foto de lingerie (ou sem nada) também?

Cabeças quadradas, cabeças chatas, cabeças censurantes. Ter vergonha de mostrar o corpo é uma coisa,  mas se esconder atrás de hipocrisias já é algo diferente. Principalmente quando enchem a boca pra apontar quem faz fotos sem receio algum de parecer gorda demais, ousada demais, gostosa demais, linda demais, diferente demais de toda essa sociedade.

Particularmente, adoro fotografia sensual, diferente de vulgar. Não acredito que a pessoa deva ser famosa pra fazer um ensaio sensual, sob o risco de todos apontarem pra ela como um "biscatão": Você viu as fotos que essa baranga fez?!. Pra mim biscate é outra coisa. E queridas, não morram de recalque. Queridos, sejam menos machistas.

Você é fã da Grazi Massafera? Pra mim ela é quase um exemplo de pureza na televisão brasileira - sempre tão linda e angelical. Linda, gostosa e fez diversos ensaios sensuais. Ela se tornou pior por isso? Interferiu na sua índole? Homens, vocês adoram ver a Deborah Secco (eleita a mais sexy do mundo pela VIP/2011) numa revista, ou outra qualquer beldade num ensaio apimentado. Mas e aquela guria que você conhece, aquela que mora no seu bairro, estuda com você, trabalham juntos? Ela pode ousar tanto? Ela fazer fotos sensuais significa que ela é uma pervertida, garota fácil? Outra questão, você ser marido ou namorado de alguém, não faz dessa pessoa sua propriedade, muito menos proprietário da imagem dela.

Na minha opinião, para tudo deve haver consenso e claro, baseado em argumentos válidos e consistentes. Posso até refletir mais sobre isso, mas fico por aqui. Vejam ambos os lados, cheguem às suas próprias conclusões e se quiserem compartilhem aqui. Bjons!

11.11.11

Seguindo - 3º e 4º dia

corações sem reciprocidade - lindos, cheios de sentimento (sabor), mas frios
Parece que as coisas esfriaram. Digo não só pelo fato de eu estar agora numa cidade naturalmente mais fria - Curitiba - mas não sei. Apenas digo o me que parece.

Diante de tantos problemas maiores, as pendências que ficaram pra trás não me parecem ter a mesma dimensão que eu dava a eles antes. Parece que o antes, tudo aquilo, tudo era tempestade em copo d'água. Por quê?Vou dizer que estava iludida? Não. Os meus sentimentos são os mesmos. O amor ainda está aqui. Mas não sei por quais motivos não sinto quase nada em questão de reciprocidade. Sinto um mínimo de cuidado, de preocupação, sinto. Mas não sei porque não sinto muito além disso. É isso. Parece que quando sinto saudade, sinto sozinha e perceber isso está me esfriando de uma maneira tão perturbadora. Me perturba pelo fato de ficar me perguntando: é isso mesmo? Foi tanto amor pra ficar isso? Eu estranho, estranho muito. Porque se foi tanto amor pra ficar isso e é  só isso que estou recebendo, eu me atrevo a dizer que o sentimento realmente não era tão forte.

Me fizeram um pedido: não imagine muitas coisas. Estou tentando atender a ele todas as noites em que deito minha cabeça no travesseiro. Fora disso, não ando tendo cabeça para realmente imaginar alguma coisa. Mas não entrando no campo da imaginação e sim do sentimento, eu sinto tanto, sinto muito, sinto que a distância está aumentando e não só por eu estar aqui. Eu imaginava que minha saudade iria aumentar ainda mais, mas o fato da reciprocidade no sentido "amor" ter evaporado - ao menos é o que parece - me faz questionar a "saudade". Me faz não permitir que ela tome muito espaço. Me faz ser fria. Me faz pensar: vou gostar de quem gosta de mim.

Esses dias em Curitiba estão fazendo bem ou mal ao meu coração? Difícil responder. Mas tenho certeza ele está entrando no clima gelado daqui. Talvez uma adaptação necessária para dias próximos, felizes em companhia de um único amor, só do amor próprio, deixando de vez o amor romântico de lado. Talvez, quem sabe?! Mas se tanta falta de calor for passageira, sol, venha logo me aquecer!

9.11.11

Seguindo - 2º dia

Eis que quando imagino que já era o suficiente, bombas começam a despencar por aqui. Amanhã estou a caminho de Curitiba para resolver problemas que se arrastam por mais de 6 longos anos.

Meu coração agora tem algo que realmente lhe incomoda pulando o tempo todo, o medo e a incerteza do que virá. A fé eu deposito apenas em Deus e farei minha parte para que tudo se resolva da melhor maneira. Vamos ver o que será, vamos ver o que virá.

A saudade de uma certa pessoa ainda aperta muito aqui dentro e não tê-lo ao meu lado me desejando boa viagem com um abraço gostoso e um "estarei te esperando" chega a dar calafrios só de pensar. Mas é a vida... garanto que se vou assim, sem este reforço, também voltarei bem mais resolvida quanto a isso. No fundo, no fundo sei que aqueles que me querem me bem estão na torcida, e sim, tudo vai dar certo.

Vamos seguindo. Depois dessa noite começo o 3º dia, seguindo.

8.11.11

Seguindo - 1º dia

Oi, tudo bom? Aqui está melhorando... a cada dia, a cada momento. Resolvi escrever pois é o que faço de melhor quando estou nos dias em que melhoro (dias que não estou bem, mas estou num processo de recuperação).

Ainda hoje algumas lágrimas me escaparam. A realidade é um pouco diferente do que imaginamos que será. A gente sempre tenta ser forte, segurar a barra. Mas tem hora que não dá. As lágrimas nos vêem mais rápido que a respiração que não é forte o suficiente pra oxigenar os pensamentos e os reflexos. O emocional então fala mais alto que o racional. Faz parte. E também se comparado com o antes, algumas lágrimas a mais ou menos já não fazem diferença.

Depois de um banho bom, gostoso e lento. Sentindo a água quente me escorrendo pelo corpo, lavando a cabeça e fazendo bastante espuma... senti que a vida é sempre mais forte que qualquer perca, quando não perdemos a nós mesmos. Eu me olhei no espelho, meu rosto ainda está um pouco abatido, mas até o peso que perdi não me foi tão negativo assim. Penteei os cabelos, sequei-os no secador pra não pegar friagem. Estão bonitos, compridos, lindos - eu acho. Passei creme hidratante no corpo todo, é bom cuidar de si, se sentir mulher ainda que sem alguém para te elogiar a cútis - mas tem hora que é melhor assim. Na hora de me vestir um pequeno susto: um jeans que ficou um pouco solto. Realmente emagreci... Mas nada que não se resolva nos próximos dias.

Minha rinite, sinusite e ite, ites estão indo embora. Graças a Deus! A tosse está quase zerada. Água? Nunca tomei tanta água em toda a minha vida, hahaaha...

Este post se chama seguindo - 1º dia, porque é exatamente o 1º dia que decidi seguir, sem expectativa alguma quando relacionada a coisas que não mais dependem de mim. Um primeiro dia em que não quero - apesar de às vezes me pegar fazendo isso - pensar em quem não devo. Um primeiro dia de um longo processe de esquecimento? Talvez. Um primeiro dia de uma nova realidade? Acho que sim.

Nos últimos dias me plantaram sementes de dúvida. Colhi frutos amargos, duros de engolir e sinceramente, acho que não os merecia. Mas por trás de tudo sempre existe um significado. Pode ter sido pra sair de vez a ilusão de perfeição em torno de certas pessoas. Pode ter sido o ponta pé inicial para um processo de desapego. Pode ter sido muita coisa, menos amor. Foi no sentido totalmente contrário do que vejo como amor. E isso é uma pena.

Mas agora também é hora de matar a saudade que estava de mim mesma. A Thais leve e descontraída que tem muitos amigos. Querida até mesmo mesmo só pelo fato de rir a todo momento e de qualquer coisa. Lembra? A Thais meio hiena? A Thais com sorriso no rosto quase o tempo todo. Não sei se será assim sempre, uma que nada é como antes, mas tudo pode ser ainda melhor. Vou cavucar e encontrar novamente aquela minha parte mais otimista, confiante, sem medo de encarar desafios. Aquela Thais que topa tudo, sem medo de ser feliz. A Thais de sempre, eu vou encontrá-la aqui dentro e trazê-la de volta.

Neste primeiro dia registro minha saudade. Ela está aqui a perturbar meu coração, como em todos os dias anteriores. Registro também minha impaciência paciente. Só cobro a mim mesma pelo meu silêncio, me cobro a me manter firme, me cobro a seguir. Me cobro o meu amor próprio.