13.12.12

Detalhes


A vida é tão detalhista, ou melhor, dela são os pequenos detalhes que fazem muita diferença. Já reparou? O que importa dela é tão simples, pequeno diante da imensidão e vastas opções deste mundo. O mundo hoje "te dá" muitas opções, muitos estilos e padrões a seguir... mas o que realmente importa? O que é vida pra você? Se formos colocar em palavra, provavelmente uma só palavra não dê, a não ser que seja a própria palavra "vida".
Distância e saudade nos ajudam a dar valor aos detalhes. Com você ainda não aconteceu isso? Aguarde, provavelmente acontecerá. Se temos sorte de ter uma Família com F maiúsculo, os detalhes são ainda mais mais claros e sinceros. Tudo primeiramente vai acontecer por escolha - SUA. Quando você não está mais perto de pessoas queridas, porque fez escolhas que te levaram à caminhos distantes - você quer conhecer outras coisas, quer "ver o mundo com os próprios olhos", quer aventura, tentar por si só, viver a vida do seu jeito - essas escolhas requerem alguns sacrifícios. E viver é uma escolha diária, cedo ou tarde você começa a escolher por si só. Ou você vive, ou faz de conta que vive. Você vive, ou se faz de morto. Você vive a sua escolha ou vai levando do jeito que acham melhor pra você. Mas aí você escolhe viver do seu jeito, onde quer, longe de "casa" há muito mais que uma semana. E então a distância gera saudade, e saudade te faz lembrar de mínimos detalhes. Lindos detalhes. Simples.
Já se pegou pensando em algum momento bem fraterno estando longe de "casa"? Por exemplo, lembrou do aniversário do irmão mais novo, ou de alguma tia.A família está ali reunida - toda ou boa parte dela - e então os olhares em meio à tudo o que acontece se cruzam e você pode sentir o bem querer das pessoas? Você vê a felicidade no olhar de um pai ou de uma mãe por ter seus filhos ali, compartilhando momentos que servirão pra nos dar forças quando você estiver longe e a saudade bater. Ao menos servem pra mim.
Vira e mexe me pego lembrando de um abraço, de uma conversa, de todo mundo se juntar pra uma foto que mais marcada fica na memória da cabeça do que em qualquer outro lugar. Você consegue se lembrar de momentos assim na sua vida? De amor declarado nos olhos, sem palavras? Não falo de amor homem mulher, porque nisso a gente pode se enganar muito. Mas falo de família, irmãos, pais, tias, primos...
A verdade é que estou morrendo de saudade de muita gente importante na minha vida. E você que tem essas pessoas presentes ao seu lado, compartilhe amor sem pensar duas vezes. Aproveite seus momentos!

29.11.12

um escritor alemão disse:


A Sabedoria da VelhiceAquele que envelhece e que segue atentamente esse processo poderá observar como, apesar de as forças falharem e as potencialidades deixarem de ser as que eram, a vida pode, até bastante tarde, ano após ano e até ao fim, ainda ser capaz de aumentar e multiplicar a interminável rede das suas relações e interdependências e como, desde que a memória se mantenha desperta, nada daquilo que é transitório e já se passou se perde.Hermann Hesse, in 'Elogio da Velhice'
Belas palavras, um belo conselho: nada irá se perder se seguirmos atentos, ano após ano. Eu, aos 25, já me sinto velha para algumas coisas e em alguns comportamentos (que não possuo mais e nos que possuo agora). Isso é estranho, pois ao mesmo tempo que me sinto jovem para muito, me sinto velha para um tanto. Mas a vida é capaz disso, de a cada dia de vida aumentar nossa rede de relações e interdependências... e nada do que foi e do que ainda será, nada será transitório e nada se perderá. Ao menos, nada que nos marcar. Envelheçamos com esse conselho bem guardado. Bjons... Thais

Quão perto estamos, produção?

20.11.12

viver a mudança

Mais importante que mudar é viver a mudança, o processo de transformação dentro de nós é algo muitas vezes inexplicável, mas compreensível. As circunstâncias estão a nos cercar todos os momentos pra isso. As condições estão a nos transformar, pois por meio delas, por passarmos por elas é que tomamos decisões,  mudamos ou persistimos no caminho. Persistimos ou mudamos.
Viver a mudança é não esperar que ela aconteça sozinha. É estar aberto ao dia a dia, mas estar disposto ao novo, se abrir ao desconhecido, ter sede pela água que tem pra beber, mas querer o vinho que nunca tomou, ter fome da comida que tem na mesa, mas querer provar a culinária de qualquer outra parte o mundo, nem que seja da cidade vizinha. Estar perdido é saber que se está em algum lugar que se desconhece, então conheça este lugar, aproveitar a oportunidade é um dom. Oportunidades muitas vezes vem a nós disfarçadas de infortúnio. Cuidado com a cabeça, cuidado com os pensamentos, cuidado com suas vontades, mas não tenha cuidado ao sonhar! Seja livre e veja as oportunidades por trás de qualquer coisa que vier, principalmente o que está fora do planejado. Pra se surpreender é preciso furar o cenário, é preciso sair do roteiro, é preciso querer mais do que só o que está programado. As surpresas nunca estão nos planos, então veja o mundo ao seu redor.

5.11.12

Preconceito em Paraty, vítimas: os índios


Na última quarta-feira (31/10) conheci um lugar maravilhoso de Paraty. A praia e bairro Parati-Mirim. A estrada pra chegar até lá não é tão curta depois que sai da rodovia, mas garanto que vale à pena. Quando você chega na praia você não acredita nas cores do mar. O tom azul esverdeado claro vai até longe, onde encontra um tom um pouco mais escuro e assim vai mar adentro. É maravilhoso. Para ir de um lado da praia ao precisa se atravessar um rio, a paisagem é maravilhosa. Em Parati-Mirim também tem uma aldeia de índios tupi-guaranis e quando cheguei à praia vi duas senhoras da tribo sentadas à sombra de uma árvore enquanto seus filhos ou netos estavam brincando na areia e na água, nús em pelo, crianças felizes e saltitantes. As crianças deviam ter por volta de uns 3 à 8 anos e eram várias. O menorzinho não entrava muito na água, mas rolava na areia e de longe dava pra ver que era um piá (menino), pois quando ficava de cócoras brincando com a areia, o saquinho dele balançava entre as pernas.. hahahaha... eu achei uma cena linda, todas aquelas crianças brincando. Linda mesmo. As senhoras saíram da sombra umas duas ou três vezes para pegar alguma coisa na areia da praia. Provavelmente conchas ou algo que o mar trás e elas usam como matéria prima para seus artesanatos, posteriormente vendidos no centro histórico de Paraty. Comentei com meu namorado das crianças brincando e de como devia ser antes do homem branco chegar à costa do "nosso" Brasil. Nosso país, que pra nós tem pouco mais de 500 anos, é país deles, dos índios, a bem mais tempo que isso. Chamavam esta terra de Pindorama (terra, lugar, região das palmeiras em tupi-guarani), mas hoje aceitam simplesmente chamar de Brasil como todo e qualquer brasileiro. No decorrer da história que por aqui se fez, os índios tiveram que aceitar tanta coisa e tantos outros morreram por não aceitar. O que me indigna é que ainda hoje, muitos índios tem de suportar calados o preconceito de pessoas que se acham melhor que qualquer outra pessoa que não seja de sua cor ou etnia. Fui testemunha disso quando voltei de ônibus da praia. Já estavam no ônibus as crianças e as duas senhoras que antes estavam na praia. Entrei, paguei a tarifa, sentei perto da roleta e lá vai o ônibus sacolejando pela estradinha. Uns minutos se passam e um senhor vai falar com a cobradora "Viu, escuta aqui, eu já falei! A próxima vez que pegar esse ônibus e esses filhote de índio ficar rindo de mim, vocês já sabem o que vai acontecer. eu já falei!!! Já avisei!". Eu não conseguia entender o que aquele senhor queria dizer com essas palavras! Ou melhor, conseguir eu consegui, mas não queria entender, não queria acreditar como alguém tem coragem de falar assim, como se aquelas crianças fossem animais. A cobradora nem deu bola, olhou pra ele como se fosse surda e o deixou falando. Só que então um rapaz que estava sentado bem de frente pra ela, com traços de índio, cor e cabelo, só que com brinquinho na orelha, corrente de prata, todo na moda, ficou muito bravo e mandou: "Que você tá falando aí? Fala baixo meu!" e o senhor: "Ah, você é da tribo também, tá se doendo.". A cena foi inacreditável. O senhor rabugento e preconceituoso falando merda, o rapaz retrucando e falando que eles iam descer na estrada, que ele sabia onde o cara ia e que ele ia acertar com ele fora do ônibus. Nisso, as crianças e as senhoras já haviam descido. Eu simplesmente fiquei indignada. Não tinha atitude, não sabia o que fazer e não fiz nada. Como muitos e todos os outros que estavam no ônibus, não fiz nada. Aquela cena devia se repetir diversas vezes, naquele ônibus e talvez nessa cidade que moro atualmente. Fico abismada. Eu conheço pessoas que não suportam ver as crianças indígenas no centro histórico, cantando na língua deles pra ganhar umas moedas, ficam de cara com os gringos que dão dinheiro pra eles. MAS MEU DEUS! QUANTA HIPOCRISIA!!! Essas pessoas tão indignadas são descendentes de europeus, são brancos, de olhos claros, cabelos loiros e POXA VIDA! Seus antepassados fizeram muito pior, davam bugigangas ou chicotadas em troca das riquezas desses índios. Usam a desculpa de isso é crime simplesmente porque não querem ficar o dia todo ouvindo os índios cantando da porta de seus lindos comércios no centro histórico de Paraty. Por diversas vezes ouço um ou outro falando "não aguento mais esses índios cantando", depois vem falar que se importam com eles, com os índios? Eles estão é preocupados com os próprios ouvidos. Esse povo é podre. Esse povo me dá ânsia! E Paraty é terra de preconceito como toda e outra qualquer terra onde existe o ser humano soberbo e que se acha melhor que seu próximo.



15.10.12

Quero que sejam felizes!



Muita coisa eu penso e não falo, e melhor assim. Mas tem coisa que a gente precisa expressar de uma forma ou outra e tchanÃ... eu tenho um blog pra isso, falar o que penso. rsrs... vamos lá.

Detesto a vida de comerciário. Estou de folga ontem e hoje, mas só de pensar que amanhã é dia de voltar. PQP. O chato não é só ser comerciário, o foda é te acumularem funções e você não receber nada a mais por isso. Aí o patrão chega e fala: se você vestir a camisa da empresa, tenho planos pra você. AHAM, olha a minha cara de que acredito. Ser coordenadora de um loja é uóh do borogodó. Você tem funções extras (que é bom que ocupa seu tempo), responsabilidade extra (só é bom se te pagam mais por isso), mas também tem que ser a chata de galocha que fica cobrando desempenho da equipe (um saco, principalmente se não te pagam bem pra isso). O lance é que meu piso é bom o suficiente pra que eu permaneça, mas só até a hora que o vento começar a soprar melhor e com certeza, isso está pra acontecer.
Outra coisa que me aporrinha a vida: empresas, como a que eu trabalho, cuja a política de comportamento e postura não permite que as funcionárias pintem suas unhas se não for de rosa claro, branco, transparente. PRO INFERNO!!! Não trabalho com saúde, alimentação, farmácia.. ou sei lá.. e olha que até as moças da farmácia pintam as unhas como querem. Faz meses que estou aguentando isso e sim, isso é chato pra caramba. Adoro pintar as unhas de azul, verde, pink (daqueles bem fortes e vibrantes), ou mesmo um rosa chiclete que também não é permitido... meus esmaltes estão aposentados! Isso é ferir a liberdade de expressão das pessoas. Esmaltes coloridos me alegravam os dias. Eu não tenho vontade de passar esmalte branquinho, rosinha bebê, aff... que inferno que é isso. Trabalho com sandálias das cores mais variadas possíveis e não posso pintar a unha com a cor que quero. Poderiam ser melhor que isso. Ao menos pintar suas unhas, mas sem aquelas extravagâncias de unhas decoradas de oncinha, e não sei oque mais... tipo, uma cor lisa já seria alguma coisa. Mas não permitem e eu continuo frustrada com isso. Fazer o que. O dia que sair de lá vai ser festa! Capaz de pintar uma unha de cada cor. Enfim, aguentemos enquanto podemos!

Outra coisa: fumadores de maconha. O problema não é fumar, o problema é saber o que faz de forma que não prejudique ninguém. Eu estou pouco me lixando se fumam ou não, estou pouco me lixando para o propósito que tem em fazer isso. Na real, quase ninguém se importa com isso, além de vossas família e talvez alguns amigos. De fato, tenho amigos que fumam, e daí? Isso não é importante, o importante é o que a pessoa faz além disso. Isso pra mim não é nada desde que não incomode e não atrapalhe ninguém, desde que não prejudique ninguém. Desde seus amigos, colegas de trabalho, local em que trabalha, etc... Pra mim a pessoa que faz o que quer sem pensar no que isso afetará outras pessoas, não deveria viver em sociedade. Deveria sim é cair na ilha de lost. E vizinhos, também não me importo que fumem, desde que não entre o cheiro dessa merda pela minha janela e deixe minha casa "aromatizada".

Outra coisa - vizinhos que berram mais do que qualquer animal do planeta. Acho que até os animais são mais educados que certas pessoas. Gente idiota que gasta suas energias fazendo das próprias vidas um inferno e consequentemente a vida do vizinho que enquanto está em casa tem que ouvir o show de horrores que contém o pior tipo de palavreado no melhor sotaque arrastado e nojento: "vaaaai tchiiiii fudêêêhhh", "thiiii odeeeeeeioooow", etc... etc... etc... o show poderia chamar: TOSSSSSHCOS E ESSSSSHCROTOS!

Outra coisa: quero que sejam todos felizes, de verdade. Pois assim param de serem seres atormentados e não atormentam os outros. Param de ser idiotas e aprendem a levar suas vidas sem estorvar a dos outros. E eu quero ser bem feliz profissionalmente, pra não ter que reclamar do meu trabalho e a vida segue, ainda como comerciário! Ainda.... hahahaa... bjons!

23.9.12

Vivo

Nos sentimos vivos quando estamos exatamente onde gostaríamos de estar. Quando olhamos nosso umbigo e o sentimos em seu devido lugar. Sabemos que é isso, isso mesmo o que tem nos levado a acordar, sorrir e agradecer cada dia. Ter agarrado um sonho, um desejo e tê-lo levado adiante com vontade, ainda que contrariando lógicas de pessoas que te querem bem, mas que pensam totalmente diferente de você. A vida é um bem pessoal, único e intransferível. Cada um sabe o que faz da sua. Cada um deve aproveitar e cuidar da sua vida, porque depois que ela passa não adianta reclamar e dizer que dela não fez o que tinha vontade de verdade. Vivo o meu bem maior. Vivam e não transfiram o poder de suas escolhas à outras pessoas. Sejam sensatos, mas também ouçam seus corações. O equilíbrio entre sobriedade e loucura, razão e sem noção, necessidade e vontade... esse equilíbrio nos deixa mais perto da felicidade. Ainda que esta última seja apenas uma ideia de bem estar infinito sendo finita e tão pequena em alguns momentos. Viver vale à pena quando se faz isso de forma plena. 

Bjons!
=*

15.9.12

Arrepender-se

Gratidão: é de graça!

Arrependimento, eis uma coisa que não carrego. Dizem que se deve arrepender-se daquilo que não se fez. Pois bem, eu não me arrependo de nada, fiz tudo o que tinha vontade. Arrependimento. Será que um dia me arrependo de nunca ter me arrependido? Pensarei com pesar "as coisas poderiam ter sido diferentes"? Ah, Deus. Não, isso não é pra mim. Isso é coisa de gente recalcada que passa vontade. Eu prefiro aprender com meu erros e seguir em frente. E digo mais, quando aprendemos a aprender com os erros, eles até diminuem e passam a ter ao menos um pouco de sentido. Ainda que seja um erro feio e quase sem perdão, você tomando uma lição até se perdoa e segue, segue em frente. Coisa que aprendo mais e mais a cada dia e a não ter medo de querer. Querer e executar, agir. Se quero falar, então passo de querer à executar, falo. Se quero chorar, choro. Se quero calar, calo. Quero, logo faço. A vida é curta pra passar vontade de coisas tão pequenas. Na verdade tem horas que passo vontade [ vontade de falar merda, xingar e mandar pro inferno ], mas são vontades que se executadas e colocadas em prática nada me trariam de bom e até poderiam me fazer mal, prejudicar-me. Então passe vontade de coisa ruim, e fala tudo que for pra acrescentar. De coisas boas, não, jamais passe vontade. Execute! Ainda que te chamem de doida, te comparem com algo muito louco ou escabroso... vai te fazer feliz? Execute. E se não gostar do resultado, aprenda a não se arrepender. Você quis, você fez, agora aprenda. Tire algo bom de tudo, mesmo que o tudo tenha sido uma zica. Não se abale por mixarias, a vida é rica. A vida é rica! Não é um mal dia, uma má semana, uma má escolha que vai fazer dela menos interessante. A vida se abre a cada momento, as possibilidades são infinitas. Trate a vida com cortesia, seja honesto com você, com as pessoas. Seja com todos o que você quer pra você mesmo [a não ser que queira algo ruim, aí você deve procurar luz, muita luz pra iluminar seus pensamentos, serrr]. Deus abençoa quem lhe agradece o dom da vida, o dom da alegria, o dom da mudança e da renovação a cada dia. Acho que a gratidão é o começo para muita coisa boa. Exclua da sua vida o arrependimento, acrescente "aprendizado", execute gratidão, harmonia, amor, paixão.  Gratidão, é de graça.

Carta aos que me têm saudade



Sei que ando distante, vagando pela terra de amor. Sei que me fiz ausente da realidade e que desta nem sinto saudade. A saudade só carrego daqueles que junto no peito levo. Aqueles que de mim lembram com carinho, como gostaria de tê-los comigo,  mas um dia estarão trilhando caminho semelhante ou parecido, seguindo seus corações, esquecendo multidões. Um dia viverão uma unidade que tem valor eterno, sendo assim não material, mas de tão puro sentimento que se torna atemporal. Seja no tempo que for, seja com chuva ou sol, essa unidade que se faz de dois completos, e não duas metades, é tão forte e íntima que de outras coisas não deixa ter saudade. Saudade, repito, só dos meus grandes amigos. Compartilho também nesta carta aberta, que este território que piso ainda em muito me é desconhecido. Tem dias que esta terra parece querer se abrir e fazer desmoronar tudo adentro, mas aí vejo que é só tensão pré-menstrual e bombons resolvem o temível dilema. O fim. O fim? Que fim? Sabe, quando andamos por esse território o que mais queremos é que nunca tenha fim. O ar aqui é perfumado, cheira paixão. Queremos sentir isso pra sempre. Mas nunca sabemos ao certo quanto dura. E se vai durar a vida inteira, só vamos saber chegando ao fim dela. Então meu conselho é que vivam tudo o que há para se viver. Não tenha pressa, tenha entrega, faça o seu melhor, dê carinho, não leve problemas para este mundo tão lindo. Muitas vezes as coisas se tornam complicadas porque as fazemos assim. Não queremos simplesmente somar um e um pra dar dois. Queremos saber porque um é um e o outro um é outro um. Queremos saber se aquele um já sofreu uma subtração de 0,5 e como fez pra se tornar um inteiro novamente. Queremos o que nem nos fará bem, só pra ter mais, nem que seja mais coisa na cabeça, o que não te fará bem. Seja leve. Neste território, na terra de amor, os passos devem ser dados com leveza, com clareza, com vontade, com liberdade. Aqui somos livres. Te garanto, somos totalmente livres. Aqui ninguém entra sem querer e ninguém permanece se não tem essa vontade. E digo mais, quando se está chegando por essas bandas de cá, muitas vezes nem percebemos e pronto, estamos dentro. Daqui de dentro, hoje vejo porque um sentimento que muitas vezes não sabemos descrever, que só "querer bem" não define, nos salva de uma vida fútil, inútil ou sem sentido. Claro que a vida é muito mais em muitos outros sentidos. Mas quando temos uma vida com amor, ela se torna mais colorida, mas leve e mais aquecida. Sabe? Ter alguém que se preocupa com você e também se preocupar com esse alguém? Cuidar, amar, cortejar - que palavra do tempo da carochinha!! hahaha - conquistar todos os dias, olhares demorados... tantas coisas fazem essa terra ser doce. Amigos, sejam amantes, sejam amados e amem. Sem restrições dentro da unidade, sem pudores com a liberdade, mas que ela também não seja confundida com libertinagem [sempre friso isso quando falo de liberdade e libertinagem, detesto que me confundam.. hehehe...]. A vida é uma só. E o amor, pode ser um só pra vida toda, ou podemos amar mais de uma vez, mas tudo depende de nós, de viver, de nos permitir. Lembre, sem pressa, com amor e sem pressa. Espero que um dia todos embarquem e tenham uma boa viagem, tão boa quanto a minha.

Um beijo saudoso!

Thais.

10.9.12

Expectativa, uma faca de dois gumes

Acho que todos sabem o que vem a ser uma faca de dois gumes. Mas se alguém não sabe, é uma faca que possui dois lados com corte, não como uma faca comum de cortar pão. É uma faca que lembra um punhal ou que também pode ser chamada como tal. Enfim... o punhal também é uma faca de dois gumes.
Fazendo uma analogia desse tipo de faca com "expectativa", posso indicar vários sentidos pra isso. Alguns que não gostaria sequer que existisse a possibilidade de existirem, mas vamos nessa.
Expectativas podem ser ótimas, podem ser usadas a nosso favor e claro, se você começa algo sem ter expectativa nenhuma, talvez não esteja tão afim de ter ou ver resultados. Diria que é como fazer por fazer. E então esse lado da faca, esse gume pode ser o lado positivo. É o lado da faca que te ajuda a cortar o queijo, que te motiva a chegar lá. Você precisa cortar o pão e os ingredientes pra fazer um sanduíche, não é? Precisa de motivação, ter uma meta, que chamo também de expectativa, pra saber o que quer, o que espera e onde quer chegar.
Agora vem o outro lado da faca, o outro gume. A parte que pode te machucar, te ferir, te decepcionar. Expectativas podem se tornar frustrações. Podem dilacerar um coração pouco a pouco, milímetro à milímetro, parte por parte. Expectativas demais nunca são boas, esperar que as pessoas possam suprir expectativas suas também não. O segredo é não criar expectativas cuja as quais não dependem só de você. A parte chata é que esse segredo contém uma receita que ainda se mantém secreta pra muita gente, incluindo a mim. Mas talvez o segredo esteja no simples desprendimento, desapego. O pior disso tudo é que muita gente confunde desapego com descaso. Eu pego no meu próprio pé para não fazer o que vejo muita gente fazendo. Muitos falam e falam de desapego como descaso mesmo. No sentindo "não tô nem aí", quando na verdade se está muito aí. Acho que o caminho não é repudiar o que sentimos. O caminho é entender porque sentimos, o que nos leva ao que de fato está incomodando, está nos afetando. O que está fazendo uma simples faca de pão se tornar um punhal cravado em nós? Queremos as expectativas como ferramentas a nosso favor e não contra nós. Queremos cortar o pão e não nosso pulsos. Queremos nos fortalecer e não sangrar. Queremos tanta coisa mas muitas vezes deixamos passar, desvalorizando, o que já temos. Eu só quero uma faca de pão, vou dispensar o punhal. Meu conselho é que simplesmente façam o mesmo. Bjons! ;)

23.8.12

Vagando em pensares

Foto: AS
Incrível como nossas experiências podem tornar o céu um inferno e o inferno um céu. Tudo dependendo de nossas vivências e de nosso ponto de vista. Uma cidade linda se torna uma lembrança triste e que não te dá mais vontade sequer de pisar novamente... e então um lugar sem muita gente e com a calmaria do mar atrai mais do que qualquer salário exorbitante numa metrópole aí. E o mundo nos convida sempre e encontrar outros paraísos. No passado ficam lembranças doídas, corroídas, deixadas ao pó. O presente é um presente e agora sim, já a um bom tempo escolho os meus passos.
Acreditamos cada um no que queremos, no que nos convém, no que sentimos, ou não. O importante é acreditar em alguma coisa. Eu acredito. Eu sinto. Eu amo. Eu tenho fé. Eu tenho Deus. Tenho passado, presente e quero ter futuro. Um futuro sem ambições de status, ascensão social, política e o escambal. Eu só quero ser feliz, conhecer lugares, pessoas, a mim mesma. Aproveitar meus anos da minha forma, pra que eu sinta que valeu a pena. Não viver o que querem de mim, mas o que eu quero e claro, querer. Quero ter mais sonhos, mais planos e mais feitos.
25 anos... chegou tão rápido. Quando olho pra trás não tenho nem saudade de muita coisa, só das partes boas, mas ficaram tão perdidas em meio a tantas outras coisas não tão boas. Ao menos os aprendizados sim, esses foram bons. 1/4 de século. Bem vivido, graças a Deus.
Meu 25º inverno tem sido tão iluminado. Horas por pensamentos e conclusões, horas pelos raios de sol que não parecem de inverno e horas pelos reflexos do sol nos cabelos castanhos que afago diariamente. Os dias parecem curtos para quem ama. O tempo parece escapar. E por mais longos que sejam os beijos, a vontade é sempre que fossem mais longos, ainda mais. Dá pra entender? A vontade de que aquele abraço fosse como um abrigo, e que eu pudesse vesti-lo e ir pro trabalho, sem despi-lo. Alguém compreende? Muitas vezes eu não entendo. Me sinto pesante de tanto querer, mas me faz tão bem ter a quem amo. Aproveito os momentos, fecho os olhos e aproveito. Acaricio com as mãos, com os lábios e até com meus sorrisos e olhos espremidos de felicidade serena, tranquila. Tranquilo. Os dias seguem tranquilos, apesar de alguns sustos e ventos que sopram do sul (Curitiba). A vida segue tranquila, simples, feliz. Obrigada Deus e bjons pra quem lê! ;)

Tha


22.7.12

TIPM - tensão inútil pré menstrual


Já se sentiu inútil? Por um segundo, uns minutos, umas horas... é uma péssima sensação e só sensação mesmo, pois não somos inúteis. Mas se sentir assim vez ou outra pode ser indício de necessidade de revisão completa. Tanto de sonhos como de projeto, âmbitos, desejos e buscas. Pode-se dizer que estou numa fase de que consegui várias coisas que queria  desejava do fundo da alma mesmo. E sabe como é, quando conseguimos o que queremos passamos a querer outras coisas, queremos mais, queremos continuar, progredir, crescer e expandir, seja financeiramente, emocionalmente e espiritualmente. Estagnar não é coisa comum do ser humano, ao menos não de suas vontades. Eu não sei se foi a tpm, mas nossa hoje me senti muito inútil, muito ahhhhhhhhh... sem ter o que fazer de importante, de algo que tenha fundamento, sentido real... sim, foi a tpm. Já estava sensível a uns 3 dias, mas hoje não aguentei, hoje foi demais. Chorei. Chorei como criança com medo de fazer feio pro pais na apresentação da escola (nem sei se isso existe, chorar por isso). Mas é isso, me senti insegura com todas as mudanças dos últimos dias e com as responsabilidades recém adquiridas. Sabe quando fica aquela questão: será que vou conseguir? Será que vou corresponder às expectativas?
Na verdade ninguém me cobra por nada disso, mas eu, nossa... eu sou campeã em me tacar pedras, em me cobrar e em me colocar metas perfeccionistas. E ninguém é perfeito, ninguém tem 100% das melhores a atitudes em 100% do tempo. Isso é desumano, assim como me cobrar isso.
TPM é o bagulho mais filho da put* (tinha que botar nome feio em algo ou alguém hoje) que existe nesse mundo. Como a detesto!!! Ela sempre me deixa sensível a ponto de ter mais medo que uma criança. Ela parece fazer desaparecer toda a minha capacidade, toda a minha força de vontade e visão otimista por alguns instantes que às vezes chega a ser um dia inteiro. E cabeça de mulher, já viu né... colapso nervoso na certa! Pelo amor de Deus!!! Só Deus pra me aguentar assim, porque nem eu me aguento quando fico assim.
A única coisa boa da tpm é que ela acaba rápido, no máximo 3 dias. Imagina se fosse ao contrário? Se ao invés de 3 dias, fossem 27 dias de tpm e 3 de alegria??? porrrrrrrrrrr****, eu mudava pra Plutão!!! Não suportaria viver nesse mundo onde supostamente as mulheres teriam 27 dias de tpm. Ia ser uma guerra civil eterna no planeta Terra, isto é, se ele sobrevivesse!!! hauahauauahauha...

Chega, minha tpm já até amenizou! Vamos dormir que faz muito frio em Paraty.
Bjonnnnnnnns!

20.6.12

Uma reflexão, um desejo, um pedido



Paz para todos, aos do passado, do presente e do futuro. Que entendamos os ciclos, que compreendamos o amor, que declaremos paz e não rancor. Não nos afrontemos com risos vãos e despeito. Que a vossa felicidade não seja minha dor e vice versa. Que respeitemos uns aos outros, que esperemos o tempo e a sabedoria seja a nossa guia. Amém.

Penso nos meus atos nas últimas semanas, todos em sua maioria foram bons, não foram egoístas, não foram negativos. Exceto por alguns que agora sinto minha consciência cobrar. Foi mais uma forma de pensar e uma postura que tomei para encarar a presença do que poderia ser um desafio, mas que na verdade não é desafio algum e sim algo que merece aceitação e respeito. Nossa felicidade de forma alguma pode prejudicar alguém, ainda que você não tenha culpa por pessoas não estarem felizes com o que te faz feliz. Às vezes uma conquista sua representa a perca para outra pessoa em dado momento. Então essa conquista, essa sua felicidade não merece ser tão exaltada. Deve-se usufruir dela com respeito, com simplicidade, em comunhão com a serenidade. E quando falamos de sentimentos, não é uma competição, é a vida. Sentimentos feridos podem causar dor. Dores que não queremos jamais sentir, pois então devemos procurar não causar isso a outras pessoas. Gostaria de que agissem assim comigo, que respeitassem minhas percas quando elas ocorressem. Acho justo, acho digno. E se em algum momento minha felicidade machucou alguém, meu coração hoje se acalenta e se arrepende por não ter conseguido dominar meu ego nesse sentido. Me recolho a minha insignificância diante de pensamentos negativos e sentimentos ruins que posso ter causado em alguém. E se meu sorriso um dia afetar alguém, preferiria mil vezes sorrir do lado dessa pessoa, compartilhando o mesmo desejo de paz com ela. Ações feitas não podem ser apagadas, mas de hoje em diante vou ter atitudes mais repseitosas com quem lida com a perca. E mais, digo para quem lê e está numa situação semelhante: cada perca significa um ganho. Sim, é isso mesmo. Às vezes não conseguimos encarar dessa forma, mas se perdemos é porque já não estava nos planos da vida ter isso para nós. Significa que as águas dos rios sempre correm e se renovam, assim como as percas ocorrem para que possamos ter outros ganhos, outros presentes divinos. Hoje me sinto em paz por ter essa consciência e prometo, minha felicidade será minha e só minha quando puder machucar alguém. Será uma felicidade silenciosa e respeitosa. Será amor e não dor, pois é o que o mundo precisa e é o que posso fazer para ajudar.

12.6.12

Rótulos, vida, felicidade, aprendizado

Land, uma gatinha em apuros! rsrsrs...

Quatro em um. Hoje o post fala de algumas coisas que rondam meus pensamentos nesses últimos dias. Vamos nessa!

Rótulos são para produtos, pessoas não são produtos. Ao menos a maioria. Hoje estava pensando, por que as pessoas se desesperam pra estarem tão dentro dos padrões, tão inseridas numa sociedade um tanto quanto fétida, um tanto quanto hipócrita? As datas comemorativas são uma grande prova disso tudo. Minha amiga fadinha, Tai Li, mandou uma muito boa esses dias atrás que falava mais ou menos assim: "Eu não passo o dia do índio com um índio, nem o dia de finados com um defunto. Não preciso de um namorado no dia dos namorados." Fala sério, muito boa essa. Eu ri muito e não passa de uma grande verdade. Tem gente que caça namorado nessa data pra ganhar presente! hahahaa... tem gente que fica "apaixonado" nessa data pra dizer que não está só. Tem gente que precisa do rótulo/status "namorando" pra ser feliz. Eu digo que em questão de relacionamentos só precisamos estar amando, basta. Tem tanto namoro por aí baseado em coisas que nada tem haver com amor. Tem gente que namora porque sente aquele tesão desenfreado, quando na verdade sexo é só uma parte de um relacionamento (um ótima parte). Tem gente que namora porque se junta com um trem e se acabam juntos (seja bebendo, usando drogas, etc), tem gente que namora porque gosta de desfilar com alguém do lado, etc... Os motivos dos namoros se baseiam em atrações tão estranhas às vezes. Atração pelo perigo? Atração pelo desconhecido? Atração por pessoas com comportamentos atípicos! hahaha... Tem gente que gosta de psicopatias! Tem gente que gosta de viver relacionamentos conturbados. Não tá brigando, não tá bom! Ele(a) não pensa mais em mim, deve ter outra(o) na cabeça. Ai gente... como pode alguém aguentar algo assim? Vamos deixar de lado o rótulo de hoje? Do dia dos namorados?  Pra quem está curtindo um bom namoro, que maravilha, é muito bom! Muito gostoso! Mas se tem alguém aqui nessa onda de relacionamentos problemáticos ou cansativos, pra que isso, heim?! A vida é tão linda, tão boa, tão gigante! Vamos viver e ser feliz! Vamos buscar as coisas que são de verdade, sabe? Eu não preciso de rótulo algum e se alguém me perguntar: tá namorando? Eu digo não, mas tô amando! rsrs... nem um pouco preocupada com o status dessa palavrinha "namoro". Está em um relacionamento sério? Nããããoooo.. estou num relacionamento feliz! rsrsrs... A vida é linda! Se joguem de cabeça, sem cobranças e sem medo. Tudo o que plantamos de bom, dia desses amadurece e colhemos! ;)

Vida. Todos os caminhos, erros, acertos, problemas e soluções me trouxeram até aqui, me fizeram ser assim. E é tão bom ser algo que você gosta, tão bom saber que aprendi e que as coisas ruins só me fortaleceram e não me levaram junto com elas. Problema todo mundo tem, mas nossa, como é bom superá-los. Como é bom um dia você conseguir contar a sua história mais sofrida sem nenhum pesar, sem juntar lágrimas nos olhos. Poder falar de forma amadurecida sobre tudo, sem sofrer pelo que já passou, mas com grande gratidão pelo aprendizado adquirido. A vida é a mestra, e nós... nós somos eternos aprendizes.

Felicidade. A sua não depende de mais ninguém além de você mesmo. E ela te sorri sempre, todos os dias. Só basta você ter o ponto de vista afiado e sempre atento pra não deixar ela escapar da sua visão. Não perca o foco, não se deixe depender de terceiros pra ser feliz. Nós somos responsáveis por nós mesmos e não podemos por a culpa nas pessoas por nossa infelicidade. Se infeliz for, a culpa será sua mesmo que o motivo de você estar infeliz seja outra pessoa. Você permitiu que as coisas tomassem tais proporções. É difícil segurar a barra muitas vezes, eu cometo deslizes nisso também. Mas sabe como é, o pranto pode durar uma noite, pela manhã você pode acordar sorrindo. Nada como uma noite de silêncio consigo mesmo. Nada como calar os lábios para ouvir seu coração. Quando silenciamos as palavras, as coisas vão aos poucos ficando mais claras, serenas... é só querer. Vemos os problemas diminuindo à medida que valorizamos a vida e cada um dos seus momentos. Pois a vida passa tão rapidamente que não vale a pena sofrer ainda que estejamos com sérios problemas. Vale olhar o sol, sentir o ar entrar nos pulmões e lutar por nosso bem estar físico, mental e espiritual. Nós merecemos ter paz interior, sempre!!!

Aprendizado. Isso é constante. Isso é algo que nunca pode faltar. Isso é a vida, aprendizado. Nos últimos dias tenho aprendido muito sobre ser transparente. Sobre que sim, nós devemos distribuir amor sem medo! Devemos dizer o que sentimos, devemos botar a cara à tapas quando o que temos é positivo e queremos dar isso a alguém. Se não quiserem receber o seu amor, ao menos souberam que ele existe ou existiu. Não deixe que o receio de parecer tolo, imbecil ou que está "viajandão na maionese" te oprima sentimentos bons. Aprenda a não temer ser amor, ser paixão, ser entregar, ser coração. Esse é o aprendizado da vez!

Boa semana a todos! Me despeço mais leve e mais feliz por compartilhar isso com vocês! Feliz dia novo! Aproveitem muito! Bjonnnnnnnnnns!

9.6.12

Tome uma atitude meditativa




Para viver a atitude meditativa é preciso compreender o silêncio, e para compreender o silêncio é necessário reconhecer o valor e o poder da palavra, do som. Isso é apenas um começo; mas quando calamos o ruído interno de crenças, condicionalmente, ideologias e acontecimentos passados e nos entregamos ao silêncio interior, nossa alma se revela e nos mostra a sua verdadeira face. Uma vez vivenciada a "unidade da vida" no centro do Ser, tudo se torna meditação.

Sugestões práticas para uma atitude Meditativa:

  • Procure falar apenas quando se sentir inspirado a fazê-lo. Sua voz se fortalecerá e sua palavra se transformará em vibração pura.
  • Reserve-se alguns minutos de silêncio e quietude todos os dias.
  • Valorize o silêncio. Cuide do tom da voz e atente para o volume dos aparelhos sonoros dentro de casa.
  • Pratique a presença da Alma em seu coração sintonizando-se sempre com o momento presente.
  • Faça caminhadas silenciosas no campo, no parque em alguma cidade - ou na praia. Comungue com os sons naturais à sua volta.
Livro das Atitudes

29.5.12

Um dia de cão feliz!



Imagine você e seus melhores amigos, num dia de sol, deitando e rolando, fazendo a festa num parque. Viajei nesse vídeo! Coisas lindas inspiram!

Se fossemos cachorros tudo seria mais fácil, ou se nos vemos mais livre pra ser o que quisermos as coisas ficam automaticamente mais fáceis? Eis a questão! Bjonnns!

Obs.: o vídeo saiu desse link aqui <http://gooutside.uol.com.br/1529>, matéria da Go Outside.

27.5.12

Silence

Silêncio? É ... tem coisa que é melhor não comentar! Tem coisa que é melhor fazer de conta que você nem imagina, nem sonha, nem faz ideia. O lance é que sim, o silêncio vale ouro! Mas por um outro lado, bem distante e melhor, silêncio o carpacho! rsrsrs.. quero o som dos pássaros, o som do mar, risos, sorrisos e gargalhadas. Os dias estão passando rápidos e maravilhosamente bem. Até diria surpreendentes pela alegria encontrada em coisas simples...e também é que do nada algo legal acontece. Uma samba cheio de gente bonita, sorridente e cantante. Uma festa com laser verde, de madrugada num local inesperado e também cheio de gente sorridente, e feliz e contente. De repente a noite é ótima, do nada!!! Sabe como é, aquele que não cria muitas expectativas fica mais propenso a ser surpreendido e assim vai. A gente sai pra dar uma volta e Paraty vira e mexe nos presenteia.
A ansiedade finalmente foi pro espaço. Nada como conseguir viver um dia de cada vez e acreditar que tudo nessa vida acontece por nossas escolhas algumas vezes, por circunstâncias da vida outras vezes, mas tudo, definitivamente tudinho, passa pelo consentimento de Deus. Isso realmente dá uma tranquilidade que só quem acredita pode ter uma ideia do que falo.

Ah.. e o que mais dizer? Vendi minha alma, digo, minha folga desse domingo! hahaha... toda grana extra é bem vinda! Mais? hummmm... os dias estão ensolarados e as noites não estão tão frias essa semana... hum..
Mais? A... mais nada não! Por hoje já deu! Já dei uma de amélia aqui em casa - mas ainda falta o meu quartoooo! kkkkkkkk.. o temível quarto de Thais Siqueira! kkkkkkkkkk.. e bora workar logo mais!
Hoje estou ao som de Rihanna, pq sim! Ela arrasa! Bjonnnnnnnnnnnnns!





19.5.12

Fiiiiliz! rsrsrs...


Procurando um remedinho pra ansiedade? Então toma esse! rsrsrs...
Booom dia enquanto é dia! Opa, já deu meio dia, boa tarde entãooo! rsrs...
Tenho passado dias muito felizes e contando o dias também para dias ainda mais felizes! HAHAHAHA.. NA CONTAGEM REGRESSIVA! As escolhas que fiz nos últimos meses nunca se confirmaram tanto como certas, como agora. E parece que é assim mesmo, conforme as coisas vão acontecendo, parece que todas as suas escolhas vão se confirmando, seus desejos vão se tornando reais e as coisas boas e positivas fluem, como um dia você semeou para isso. Isso é a vida, ISSO SHOW!  Umas das boas novidades é que em breve estou de mudança pra um cantinho todinho meu e estou ansiosa com isso também. Pensando em como vai ser, como vou mobiliar, as cores dos utensílios de cozinha que ainda vou comprar ou ganhar no chá de cozinha. Morar aqui com uma amiga é muito bom, porém muito cômodo. E creio que minha principal busca ao sair de casa é pelo meu espaço. Sai de casa pra viver minha vida de verdade e estou tratando de fazer isso direito.
é, fazer abdominais nunca foi tão fácil
Enfim, cabeça nas nuvens no melhor sentido possível, cheia de cálculos também pra ver como vou conseguir me virar bem, cheia de ideias, trabalhando, brincando de estudar inglês e aderi às caminhadas matinais pra diminuir a ansiedade! kkkkkkkk... sim, exercícios fazem bem e levam embora esses sentimentos de corre-corre, afinal, você corre numa orla maravilhosa todos os dias, faz abdominais debaixo dos coqueiros... não há ansiedade que resista. E tá tudo linnnndo! Ah... também estive participando de dois ensaios de maracatu e gente, é muito bom! Estou pensando em passar a frequentar pra valer, mas ainda pensando.
Mudando o assunto de pato pra ganso, não vejo a hora do mês de julho chegar e meus amigos e família poderem tirar uns dias pra vir pra cá! Isso também vai ser demais e aposto que em pouco tempo tem gente vindo morar pra cá! kkkkkkkkkkkk.. não tenho dúvida! Paraty é assim, você conhece e se apaixona. Quem vêm, conhece, vai embora, mas sempre volta!
Agora bora, bora! Tenho unhas e sombrancelhas por fazer ainda. Almoço, work e mais tarde samba de raiz no Armazém Paraty!

Obs.: caso alguém prefira não comentar nada, melhor que não comente. Porém um adendo: se tento amizade é porque mágoa alguma ou mal sentimento ficou. Não precisamos de contato, na real, só quero que sigamos bem, e cada um na sua que seja! E até acho que já estamos fazendo isso muito bem, a muito tempo. Se você cultiva felicidade, ela não terá fim! Essa é específica pro João Marcelo.. não preciso falar com indiretas sendo que tudo é muito claro pra mim. rsrsrs.. fica bem e em paz! Assim estou. ;)


Bjooooooooooooons galera!

=****

7.5.12

Verdades sobre felicidade


Uma grande verdade sobre a felicidade é que você jamais vai encontrá-la se pensa que ela é algo que se compra, que se conquista e coloca na estante da vida. Jamais vai obtê-la se pensa que o mais importante é ser o bom em tudo, o melhor que todos, o sabichão. Jamais ela vai permitir que você a prove se houver dentro de você arrogância ou algo que seja inverso à humildade. Não, jamais vai provar a verdadeira felicidade. Se você é do time que se entorpece pra esquecer os seus problemas e dar risada até o efeito da maldita droga passar, hum.. aí sim você está com sérios problemas. O problema não passa, o efeito do seu baseadinho sim. Pior ainda se você entra nessa de cheirar cocaína, ou essa mistura de resto de cocaína com anfetamina, desinfetante e pó de vidro que falam que é cocaína e andam vendendo por aí a fora... seu nariz vai cair e você nunca, nunquinha vai saber o que é felicidade de verdade. Sinceramente, estou farta de ver tanta gente inteligente [ou não], com potencial [sim], com estrutura pra ser algo melhor e ser isso, um infeliz escondido atrás desse tipo de felicidade vã, falsa, passageira e destruidora de um dos maiores bens que o homem pode ter, a sua própria saúde. Sim a pessoa pode ser inteligente e fazer isso, pode ser genial e fazer isso, mas algum problema ela tem e não está se ajudando em nada.
Um conselho pra quem está nessa, saia fora. Está difícil? Comece saindo do círculo social (poderia dizer de amigos, mas amigos se ajudam, não se ferram juntos), comece ocupando seu tempo com coisas úteis ou inúteis, mas que te mantenham com a mente ocupada em outro tipo de coisa. Você também pode começar a olhar o tanto de exemplos que temos no dia a dia, nas mais diversas situações e condições. Observe as pessoas que deram certo e principalmente as que deram errado. Onde estão os erros e os acertos? Você também pode observar a si mesmo, tudo o que você tem que muitos gostariam de ter, sua casa, família, internet? Olha só, você faz parte duma minoria que tem internet em sua casa! Meu, você já é uma parte vip dessa sociedade, tá entendendo? E por que ainda não valoriza o que tem de bom, esquece o que tem de mal ou encara seus problemas como gente de verdade e para de enfiar o nariz nessas porcarias! PORRA!!! Tem criança que passa fome, tem gente que dorme na rua se cobrindo com jornal e imagina só, você gasta o equivalente a umas umas refeições ou um cobertor dos bons a cada merda de papelote que cheira? Pena que junto com o fim do efeito das drogas não vem vergonha na cara. Uma pena, realmente.
Em resumo, não estou aqui pra dizer que é certo ou errado. Mas exemplos que venho assistindo de camarote me fazem cada dia ter mais certeza de que não é fazendo esse tipo de coisa que as coisas se ajeitam, que os problemas se resolvem e que a felicidade um dia vai vir e bater a sua porta. Não mesmo.
Pra quem faz isso pra curtir um "baratinho", dar uma "pirada", nada contra. Agora pra quem faz isso pra esquecer da realidade, que merda! Que merda é esse ser que não tem coragem de mudar sua própria realidade. Desculpe a minha sinceridade, mas é isso. Coragem!!! Se você passa por algo do tipo, coragem que você sai dessa. Beijos, boa sorte e conte comigo no que eu puder ajudar.

Bjons galera! Fica aí o desabafo e a dica principal: a felicidade é um estado de espírito que depende principalmente da sua forma de encarar a vida, dominar o ego, querer menos o que lhe causa peso e absorver mais o que te eleva [com simplicidade, sinceridade e bondade]. Outra dica: usem o nariz pra sentir o aroma das flores, dos temperos, do mato, do mar... é tão melhor! ;)

5.5.12

Sexta-casa

Passar a sexta-feira em casa não tem sido má ideia. Faz um friozinho tão gostoso pra ficar aqui, lendo algo bom, conversando com amigos, ouvindo boa música, e até mesmo Sandy & Júnior (anos 90) com a Rose e lembrando dos nossos tempos de pré-adolescente, praticamente crianças. Podemos não recordar todas as letras, mas os ritmos, dig dig joy, dig joy bo boy! kkkkkkkk.. claro que lembramos! Ah, ah.. vai ter que rebolar. Sim nós estamos na casa dos 25/26 praticamente. Estou a dois meses de entrar pra faixa dos 25 e lembrar de muitos e muitos anos atrás é nostalgicamente gostoso! Não, não gosto mais de Sandy & Júnior, mas hoje em dia o Júnior tá muito melhor, bem mais gatinho, como diz a Rose! kkkkkkkkkkk... Já ouvimos Pato Fu, Alceu Valença, Milton Nascimento, Geraldo Azevedo... e mais não sei o que. A Rô temperou o peixe e as lulas gigantes. A mesa promete estar farta e saborosa esse final de semana. Enquanto temperava os bichinhos do mar, nas conversas de hoje lembramos de Ubatuba (2006), como dias atrás lembramos da mesma época como sendo a fase de "libertação das caipiras", hahahaha.. foi uma época linda! Maravilhosa, realmente. Eu e Rose, indo trabalhar em Ubatuba. Morando a uma quadra daquele mar lindo, na praia da enseada. Foi uma época de liberdade não só pelo fato de estar lá, mas pelo fato de poder pensar, planejar e sonhar um futuro. Hoje estou vivendo o que pensei em viver aqueles tempos. É tão bom.
Tá um friozinho baum!!! ;D

Enfim, a sexta foi regada a lanchinhos, água de coco, espaguete com mariscos e ainda tem chocolate amargo... mas são mais de quatro da manhã e está dando soninho, enfim. Obrigada aos amigos que ligaram e convidaram pra sair hoje, mas amanhã tem samba de raiz, samba do bom! Samba dos amigos no Armazém Paraty. Nos vemos por lá, ok!

As semanas estão passando mais rápidas do que o imaginado e as saudades que tenho de tantas coisas que agora são distantes vem e vão. Saudades grandes da família, dos amigos, do Brazuca... Dia 06/maio completo um mês em Paraty. Está passando voando e valendo cada noite bem dormida, cada manhã radiante e cada olhar perdido na exuberância da simplicidade, da natureza, da vida como ela é [linda!]. O trabalho está ótimo e o reconhecimento está vindo. Quando se é de fora pode parecer meio difícil conseguir conquistar a confiança das pessoas, mas nada como ser transparente, tranquilo e seguro no que faz. Estou gostando e muito dos resultados. Quero ainda aprender muitas coisas esse ano, de um jeito meio auto-didata, mas quero! Planos, alguns poucos. Não tenho grandes ambições econômicas, mas quero deixar muitos esquemas armados. Criar bagagem, ter novas experiências pessoais, algumas transcendentais, me aprofundar num conhecimento auto-conhecimento e me equilibrar são minhas principais metas por enquanto. Uma observação: se equilíbrio fosse o mesmo que tranquilidade eu já estaria bem próxima de concluir esta etapa, mas não é bem assim. rsrsrsrs...

Vou terminar a sexta com um chá que venho guardando a tempos. O chá indiano que ganhei de uma amiga de Bauru, Aline!!! Tomei um deles no começo da semana e ameeei! Me passa o nome dele depois, pelo amor de Deus, Alineeee! Adorei, obrigada pelo presente! Beijos pra Juliana, Rosemon, Brazuka, Tatu (que me posta uma foto indecente das antigas, hoje no FB)e Aline! Beijos pros meus queridos de longe e de perto. Beijo pra quem quer beijo, abraço pra quem quer abraço, cafuné pra quem tá precisando!!! Prima Lilica, força linda, tô aqui pra o que der e vier. A quase 700km de distância, mas aqui!

Fui, criando forças pra sair da cama e fazer o meu chá! Bjoooooooons! =***

19.4.12

O bem que a liberdade me faz


Sorria mais e viva mais! 
Aqui quem vos escreve é um ser livre para ser feliz, para cuidar de sua própria paz de espírito, equilíbrio de mente e saúde do corpo. Aqui quem vos escreve é alguém cuja a cruz se desfez e agora vive, porque a vida foi feita pra se viver e não para ser um fardo pesado sobre os ombros. A vida se move conforme você move seus pés, pernas, braços, mãos, olhos... vê? A vida se move com você. Ao contrário do que muitos pensam, que viver é estar fadado ao sistema, é carregar-se de compromissos, tradições e costumes... ah, a vida é mais até que tudo isso junto, muito mais.

Hoje, conversando sobre a vida, comecei a pensar e falar sobre tudo que vem me acontecendo nos últimos anos, meses, e semanas. A minha realidade mudou completamente. O meu dia a dia é outro. A minha vida parece ter aflorado e agora o meu compromisso é cuidar muito bem desse jardim, da vida. Depois de ler um livro muito bom que uma amiga me deu (Juliana - Juh Mara!), agora posso contemplar a vida como um jardim. A esta altura, ainda devo estar em fase de escolher as folhagens e as flores do meu jardim secreto, meu recanto, meu refúgio. Mas o formato eu já tenho em mente: leve, a vida deve ser leve.

Tha, Lú e Dã
Nos últimos sete anos, não só eu mas minha família sofreu baques quase que rotineiros. Foram tempos difíceis, mas só posso aqui retratar qual foi a minha forma de lidar com tudo o que aconteceu. Só sei qual foi o efeito disso tudo em mim e é disso que vou falar. A minha família era pequena e sem pai presente. Eramos eu, minha mãe e meus dois irmãos. Eu tinha 17 anos quando saltei do barco, pois ele estava afundando e eu não podia salvar a mais ninguém além de mim mesma naquele momento. Tempos difíceis, escolhas difíceis. Era inviável eu e meu irmão, com 16 anos na época, bancarmos os psicólogos ou psicanalistas de uma mãe que estava metendo os pés pelas mãos. Era responsabilidade demais e acredito que fomos até os nossos limites. Eu quase o ultrapassei, mas só quase. Então consegui sair sem sequelas emocionais maiores que uma depressão e mais alguns sentimentos mal resolvidos. Era até difícil acreditar em Deus naqueles tempos. Eu não conseguia acreditar na lição que a vida estava começando a nos dar. Porque sim, aprendi demais.

Mãe e Mayara, sete anos atrás...
Sem entrar em grandes detalhes sobre os tais problemas, entro agora nas diversas formas dificultosas que lidei com a situação. Bom, nos primeiros dois meses tive depressão. Trocava a noite pelo dia. Me sentia culpada. Como pude deixar minha mãe e minha irmã, que naquele tempo tinha 6 anos de idade, lá em Curitiba? Mas como eu conseguiria suportar mais um dia sequer convivendo com as paranoias bipolares da minha mãe? Como assistir tudo sem conseguir mudar nada? Como conseguir me manter sã? Eu estava doente, adoecendo junto com minha mãe. Não podia continuar lá, mas eu só consegui aceitar isso depois de alguns anos. O sentimento de culpa me perseguiu muito tempo. Mas que culpa teria alguém que chegou depois do problema? Ela tinha traços de bipolaridade antes mesmo de eu nascer. Enfim, a culpa não era minha, apesar de tê-la carregado voluntariamente por não entender isso, por ignorância.

Sair de fato não foi tão difícil, pois o lugar pra onde fui não era nenhum pesadelo. Pelo contrário, a casa das minhas tias - que era a casa da vó na minha infância - sempre foi um lugar de boas lembranças. Mas sabe como é, estava pra completar 18 anos. E então, revolta. A época mais maluca da minha vida começou. Não me envolvi com coisas erradas, pois logo completei 18 anos e então já podia consumir bebidas alcoólicas livremente. Fiz amigos a rodo, alguns que ficaram pelo caminho e uns poucos que caminham comigo até hoje. Fui pra festas, bares, churrascos que duravam três dias, enfim, saia de segunda à segunda. Sem pausa, sem pensar em nada além de diversão. Na verdade queria que o mundo explodisse, não acreditava mais em Deus, em amor, em família, em nada. Já trabalhava, tinha minha grana e pensava que não devia satisfações a ninguém. Só nisso dei trabalho. Como não dava satisfações, sumia e deixava preocupações. Tempo trash, viu. Além de beber muito, não fazia mais nada de errado ou excessivo. Foi nesse tempo também que conheci Ubatuba. Lá, ao contrário de quando estava em Bauru, me comportei até que bem melhor. Beber eu bebia, mas sabia que ali estava por minha conta e risco, maneirava. Tomava banho de mar todos os dias pela manhã e quase todas noites se não conseguia ir também a tarde. Minha vida ficou uma maravilha nos quase três meses que passei lá. Fiz amigos pra vida toda, como a Rose com que moro agora em Paraty. Descobri onde gostaria de me estabelecer no futuro, descobri que naquele canto do mundo eu seria feliz demais e coloquei isso como meta. Quando voltei a Bauru, o caos das noites sem fim também voltou, a rotina maluca de trabalho-festa-trabalho-balada-trabalho-boteco estava de volta. Não queria saber de mais nada, a revolta comia solta... rsrsrs.. que horror.

Aí veio uma fase de "namoro", que sinceramente, acho que tinha raiva de mim ou era muito carente. A pessoa que namorei não era de tudo ruim, além se ser do jeito dele anti-social e tal... mas no fim das contas tudo chegou ao fim por um tapa no rosto e por falta de ser homem de verdade. Ele me deu um tapa no rosto e aí o cristal quebrou, despedaçou e nunca mais colou. Não admito tapa no rosto e qualquer outro tipo de violência. Foi o fim de uma fase chocha e claro, junto com o ex-namorado se foram também algumas amizades. Se foram para que viessem novas, hoje tenho certeza!


um dia de aula, traduza
Nova fase à vista! Liberdade, liberdade! Voltei a sair, conheci muita gente nova e fiz amigos pra vida toda. Continuei bebendo muuuuuito. Fiz minhas primeiras tatuagens. Me estressava com notícias de Curitiba e ia direto pro bar, hahahaha... eita vida. Eita fuga contínua que era. Eu lembro que nessa fase eu até comecei a fumar. E eram no mínimo três cigarros por dia. Quando saia ia o maço todo. Terrível, nojento.. mas esse lance de fumar rotineiramente só durou uns meses, uns três ou quatro meses. Eu consegui enxergar que não adiantava nada fumar, que fumava como desculpa "estou nervosa, preciso fumar pra aliviar". Isso é realmente uma coisa idiota. E a gente acaba se viciando num ato fedido, que não dá benefício algum e te deixa cheio de rugas ao redor da boca se permanecer com isso por muitos anos! Eu consegui sair fora desse ciclo que tinha se tornado o cigarro diário movido a strees! Troquei por cenoura crua. hauahuahauaha..Comia cenoura no trabalho, durante o expediente. Cheguei a ganhar o apelido de coelhinha.. hahahaa... Bom, essa fase acho que foi uma das minhas melhores. Durou de 2008 à 2010. No meio, em 2009 comecei a faculdade. Como conheci gente, meu Deus! E como tinha festa, festa e festa. Era tão bom. Também foi em 2009 que comecei a dançar forró. Eita ano lindo! hahahaha... A essa altura eu já não me sentia tão culpada pelos acontecimentos em família, mas ainda guardava muitas mágoas e isso pesava tanto. Era muita angústia pra um coração só. Continuava de mãos atadas, sem poder fazer nada. Procurei ajuda médica, psicológica pra minha mãe, mas não consegui nada. Tudo dependia dela querer ser ajudada, coisa que nunca aconteceu.

Fase de namoro II. Uma fase linda com ótimas lembranças. Foi a fase que realmente parei de beber pra valer! hahahhaa... Tinha um ótimo companheiro. Atencioso comigo, sempre disposto a me ajudar. Lindo, carinhoso, diria que o sonho da maioria das mulheres do planeta. Já à partir de 2011 a fase com a família era muito mais delicada. Com os anos a situação da minha mãe foi ficando mais crítica e aí eu fiquei cada vez pior quanto a estabilidade emocional. Não conseguia mais administrar trabalho, estudos e os problemas como antes. Eu precisava mesmo era de ajuda de um psicólogo, mas nem disso fui atrás. Não sentia vontade de mais nada além de resolver tudo aquilo e de certa forma vejo isso como uma das coisas que me deixou fria em todas as outras áreas da minha vida, ou seja: relacionamentos e estudos. Que ano difícil, tenso, empurrado com a barriga. Eu não conseguia passar mais de dois ou três dias bem. era impossível. No fim das contas fui várias vezes a Curitiba, rolou um processo e minha mãe perdeu a guarda da minha irmã provisoriamente. Entre tudo isso o meu relacionamento quase perfeito miou. Digo quase pois tinha tudo pra dar certo e só não é perfeito por exatamente não ter dado. Acredito que não devia ser amor, pois com certeza a outra parte disso falaria que "você nunca me amou de verdade", e falo então que não era amor pra não contrariar. Mas se era amor, acabou. Como veio, foi. Mas foi muito bom enquanto durou. Voltando ao processo, ele ainda está em andamento e a condição para que a guarda seja devolvida a ela é ela aceitar e iniciar o tratamento que for diagnosticado necessário. A boa notícia é que minha mãe não se abateu mais do que por uns dias com isso. Ela está de volta à ativa, trabalhando como nunca, e sim, está ciente que vai passar por perícia médica e que vai fazer o tratamento que for necessário pra ter a Mayara de volta ao seu lado. Esse final de ano foi determinante em muita coisa da minha vida. O andamento desse processo, esses acontecimentos foram cruciais no meu processo de libertação pessoal. O que minha mãe me disse em dezembro, quando eu disse que não conseguia mais ter uma vida normal por ficar pensando nela e em tudo isso, em tentar ajudar ela e não conseguir. Ela segurou os meus braços, carinhosamente, e disse: Thais, vai atrás da sua felicidade, do que te faz feliz. Os meu problemas não são seus. Eu nunca carreguei os problemas dos meus pais e eles eram muitos. Você tem que ser feliz e cuidar de você, da sua vida. Eu vou conseguir resolver tudo isso. Gente, vocês não tem noção o poder que essas palavras tiveram. Sequer podem imaginar o peso de toneladas que saiu das minhas costas. Eu a abracei e chorei. Não conseguia imaginar como seria ela sozinha resolvendo tudo, mas hoje sei que estamos no caminho certo. Nos últimos meses ela perdeu todo o excesso de peso, está trabalhando a todo vapor e indo atrás das coisas do jeito dela, ainda um pouco perturbado, mas indo pro caminho certo. E isso tudo está sendo feito por amor. O amor de mãe e filha está movendo essa cura, se Deus quiser. Pois eu sei como minha mãe é com os filhos. Ela vai superar todos os seus medos e fantasmas. Toda essa confusão que essa doença torna a cabeça de alguém será superada por amor. E tudo vai ficar bem, amém.

Agora indo pra minha última fase: o bem que a liberdade me faz. Não sei se consigo descrever exatamente o que venho sentindo nos últimos dias. É uma felicidade tranquila, não saltitante, mas uma felicidade que contempla o passado e o presente e simplesmente agradece a Deus. Estou onde queria ter nascido, num lugar de sol, paz e mar. Só eu sei o quanto me faz bem. Só eu sei o valor que essa paz tem pra mim. Deixei algumas coisas estacionadas, como a faculdade, mas eu nem me importo com isso. A tempestade dos últimos anos foi tanta que me sinto merecedora de uma vida simples, de boa, tranquila. Hoje já não sinto vontade de beber e encher a cara até cair das pernas. Só bebo socialmente, mas sinto uma grande diferença com o meu social de hoje e o social de antigamente.. hahahahaha... Não tenho motivo pra fuga, não tenho motivo de esconder sentimentos, não tenho mágoa, rancor. Não há motivo pra guerra, tormento. Até a revolta me abandonou, só ficou aquela com as coisas mal resolvidas do mundo, mas até disso estou me libertando. Mas calma, me libertar da revolta com as coisas idiotas que vemos no mundo não significa me acomodar. É que hoje vejo formas diferentes de lidar com tudo, formas que não nos machucam, mas nos fortalecem. Eu mudei o ponto de vista, mudei o foco, mudei as palavras do discurso, mas eu continuo a Thais, porém mais Thais que nunca. rsrs.. estranho né. É, essa sou eu livre. Estou me descobrindo e feliz com meus aprendizados. Estou vendo o que a vida fez em mim, as lições que aprendi nesses anos, as angústias e apertos que passei. Foi tanta coisa e agora Deus me permite ver tudo com esses olhos sem dor, sem lágrimas tristes. Eu posso ver quem sou de verdade, posso ser eu mesma. É o bem que a liberdade me faz.

Era isso que queria compartilhar com vocês. Se estão preocupados com a minha faculdade, parem. Se estão preocupado se estou me alimentando bem, parem. Se estou bebendo demais, parem. Eu estou como Deus quer e me permite estar. Estou bem, de fato. Se libertem também, sejam felizes, encarem a vida com uma perspectiva diferente, com mais amor e menos dor. A vida pode ser melhor em qualquer lugar do mundo, não exatamente aqui em Paraty. Mas entenda, achar o seu lugar no mundo não se refere somente a espaço físico. Encontre dentro de você o que você quer ser pro mundo, o que você quer do mundo, o que você quer ser pra você. Deve ser o caminho mais fácil pra perseguir suas realizações.


Bjooooons!

Fiquem em paz! ;)

17.4.12

Virei hippie, bicho-grilo bebum, etc...

Olá, vim informar vocês das últimas. Vocês que são altamente preocupados com a vida dos outros, digo com ... hahahaha...
Enfim.. já não tomo banho faz uma semana, meus pés já estão com umas "crácas" de uns 3cm, mas nem estou me preocupando em tirar elas. Já fiz os dreads que sempre quis, e agora também não preciso comprar shampoo e nem condicionador. Abaixo ao capitalismo. As minhas pulseirinhas estão fazendo um tremendo sucesso, consigo vender no mínimo umas 3 ou 4 por dia. Já paga o PF e o corotinho...
Aqui o sol de verão ainda reina durante o dia, mas a noite faz frio, então a gente toma Claudionor, Gabriela, ou a cachacinha que tiver. Estou magrinha, nada de engordar! Essa vida de bicho-grilo nos ajuda muito quanto a manter o peso.

Pronto, por hoje é só! hahahahaha..

22.3.12

O Pi da questão





Nós podemos sonhar, imaginar, ilustrar as ideias, os sentimentos, podemos florir tudo com nosso olhar esperançoso, podemos, podemos tudo. Podemos tudo ou quase tudo. Quando fecho os olhos ou quando viajo em meus sonhos, mesmo com os olhos abertos, eu posso tudo.


O "X" da questão é que quando falamos em transferir sonhos pra realidade, já não podemos ter asas, dependemos de um sistema monetizado, as outras pessoas são donas de seus próprios sentimentos e não, o mundo não é tão colorido.


O "Y" da questão é que se você for pensar assim, de forma não tão positiva [negativa e pessimista mesmo], você acaba por não viver, por não ser você mesmo, por se trancar atrás das regras do sistema. Acaba por levar uma vida "feliz" [na verdade infeliz, pois não é nada parecida com seus sonhos, ou você foi tão abduzido pelo cotidiano do mundo cão que nem sequer sonhou na vida], normal, convencional, tradicional e quantos "lalalaláls" mais existirem pra definir a vida de alguém que viveu o que lhe permitiram. É aquela velha frase "viver ou sobreviver", coisa do tipo.


O "Z" da questão é o que te faria sair da zona de conforto que é viver o que esperam de você? Realmente importa o que esperam de você, sendo que você corre o risco de chegar no final da sua vida e dizer "puts, queria que tivesse sido tudo diferente"? Se arrepender por não ter feito, é bem pior que se arrepender por ter feito [a não ser no caso de tatuagem com nome de namorado ou suícidio], penso eu.


O "" (Pi) da questão é que se você tem um sonho, que não seja coisa de ficção, você deve correr atrás dele enquanto é tempo. Pois olha, a vida dá muitas voltas. Nós não sabemos se caso a gente prorrogue pra ir atrás do que queremos, nós não vamos acabar nos desviando de qualquer possibilidade de realização de tal sonho no futuro. Acredito sim, que aquilo que está gritanto em nosso coração de verdade [e não paixões avassaladoras, amores platônicos, falo de desejos de vida], aquilo que lateja a alma quando você pensa, aquela voz serena que te fala: vem pra mim como se fosse compre batom, essa voz deve ser ouvida. AO MENOS UMA VEZ NA VIDA FAÇA O QUE SEU CORAÇÃO, SEU DESEJO, SUA ALMA PEDE! Se permita, saia da passividade desse sistema bruto que nos come pelo cérebro e que só quer nossa mão de obra escrava pra continuar funcionando. Se permita, se liberte, seja qual for a sua vontade, que pode ser bem diferente da minha, mas sim, se permita!!!


Agora vou falar do "T" da questão.


O "T" da questão, ou seja, a Thais da questão [hahahaha...] decidiu se libertar de muita coisa, desde o ano passado. De sentimentos de culpa, pesos na consciência, de empurrar as coisas com a barriga. Decidiu e seguiu em frente e deu certo gente. Estou aqui, muito bem, obrigada! Estou eu aqui mais leve do que nunca, apesar de que não tão magra, mas estou bem comigo mesma. Estou dando alguns passos que já pensei em dar muitas vezes antes, mas admito que não era a hora, momento. Não estava preparada. Agora, me sinto Thais o suficiente pra encarar o que vem pela frente, o que definitivamente eu mesma estou escolhendo pra mim. Fugindo de qualquer razão pra muitos, eu sei. Me antecipando pra outros, também sei. Mas sério mesmo? Estou leve como nunca estive antes. Estou bem, como jamais experimentei estar antes. Quem conhece parte do meu passado, do tempo de Curitiba e algumas coisas que passei com minha família sabe que realmente não foi fácil chegar onde cheguei. Sabe que foi com luta, esforço, trabalho. Mas mudar um pouco o destino e o rumo das coisas não significa não dar valor ao que passou ou ao que deixo pra trás. Pra mim significa que já aprendi o suficiente e estou preparada para seguir adiante, para conquistar mais, aprender mais e mais sempre. Às vezes eu pareço insaciável de limites, eu sei. Causo preocupações em quem mais amo, meus pais, mas meu Deus!!! Só eu sei o quanto sou grata a eles por tudo que aprendi com eles, por todas as alegrias e choros que já passei com e por eles. Só por eles é que vim ao mundo, e muito do que sou veio do que aprendi com eles, do que me dei bem com eles, do que me revoltei com eles, do que me rebelei com eles. Amo-os muito! Enfim, chega de falar de pais, estou falando de desejos, sonhos e destino que a gente escolhe.


Como disse uns dias atrás, existem dois destinos: aquele que acontece e aquele que a gente escolhe. Eu estou a mercê de um e no domínio de outro. Você também. Se a vida, se as pessoas, se o sistema não quer colaborar pra que seus sonhos se realizem com mais facilidade, não tenha medo de dizer "NÃO, EU QUERO DIFERENTE". Não tenha medo de dizer, mas também não tenha medo de agir para que as coisas aconteçam. Não fiz nenhuma pesquisa, mas aposto que a vida de muita gente que é bem sucedida consigo mesma teve muitos momentos do tipo. Eu quero ser feliz e vou dar passos para isso. Faça o mesmo!

O "" da questão é que podemos!

Obs: "Pi" e "Podemos" começam com "P", enfim, podemos², podemos mesmo!!!

28.2.12

Pulcinella – a arte de arranjar-se



Independente de causa, motivo, passado, presente e futuro, arranjar-se independente da situação é uma arte. Arranjar-se pela vida, estrada, trilha. Este é o lema da Pulcinella, personagem típico da cultura italiana. Ela se veste com roupas brancas, folgadas e usa máscara de nariz comprido e protuberante. Devido sua arte de arranjar-se, é um personagem que vem significar também uma grande façanha: adaptar-se as mais variadas situações. Por isso também pode-se ver o personagem em ilustrações, estatuetas e réplicas exercendo as mais variadas funções, como cozinheiro, músico, marceneiro, construtor, etc.
Se falando em vida real, um espírito de não contentamento acompanha os “pulcinellos” da vida. Acomodar-se não é pra eles. Viver sim, como der, como lhe comprazer. Vive com prazer! A liberdade que tem a pulcinella lhe custa caro, mas ela não choraminga. Afinal, é livre pra ser o que quiser e conseguir, como e onde convir. Os pulcinellos precisam correr atrás de seus sonhos, planos e metas, e o melhor, são totalmente livres para isso. A pulcinella se adapta onde estiver, não precisa se deter e não há o que a faça ficar se assim não desejar. Em seu destino não se vê cárcere. Ela não se prende por conveniência, mas possui um maravilhoso dom de adaptação. Não precisa ficar aqui porque aqui está bom. Onde for ela ficará bem, fará amigos, fará contatos, fará o que sentir, desejar.
A pulcinella obviamente encanta por tanta ligeireza, esperteza, eza, que beleza! Também desperta interesses, dos mais escabrosos aos mais sinceros. Cobiça, pelo seu jogo de cintura. Paixão pelos seus pensamentos e sorrisos avoados. Loucura por sua liberdade intocável. Não se atreva a querer domar uma alma pulcinella. Vá com ela, mas não queira prendê-la.
Se você conhece alguém com tanto brilho em suas asas, faça dela um exemplo. Hoje em dia, adaptar-se é uma forma de viver e não apenas sobreviver. É uma forma de ser livre, pois pode ir pra onde for, sempre supera os limites que esperam que você tenha.
Uma pulcinella não tem limites, a não ser sua própria vontade.

16.2.12

Mãe


Essa flor me lembra infância, me lembra dia de domingo indo para Ouro Fino

E estou aqui com vontade de falar de tanta coisa ao mesmo tempo, mas sei que isso não funciona, não assim, na leitura. Ninguém consegue ler duas coisas ao mesmo tempo. É uma letra se juntando a outra e então se formam palavras, frases, sentido e significado. Bom, pra começo: bolo de banana. Estava doida de saudades de comer bolo de banana feito pela minha mãe, mas visto que isso não era possível no momento, dei um jeito de comprar um de padaria. Bom, muito bom. Mas sabe, não me saciou a vontade. Acho que estou com vontade de infância, lar, casa, mãe. Saudade do colo dela, mesmo que na maioria das vezes não estivesse disponível pra mim e sim pra meus irmãos mais novos. Ter a mãe por perto traz certa segurança, não traz? A mim trazia. Segurança que nunca me fez muita falta no dia a dia nos último quase sete anos, mas no fim do dia... quando se chega em casa depois da aula e se dá boa noite, e se tem um jantar na mesa, aquele aroma de comida de mãe. O sentimento de ir dormir sozinha no quarto, mas sua mãe está ali em casa pra te defender de qualquer perigo que posso querer se manifestar nas madrugadas – assalto, invasão de algum animal peçonhento ou ladrão, seja o que for, a mãe de verdade sempre vai estar ali. Minha mãe sempre estava ali comigo. Eu tenho tantas saudades. Lembro da noite em que dois malandros pularam pra dentro do quintal de casa – que ainda estava em reforma e sem a grade nova – e então ela acordou, levantou, pegou sua arma de fogo ilegal e atirou no muro. Ela tinha três crias pra cuidar, a arma podia até ser ilegal, mas sua intenção sempre foi legítima de uma mãe de verdade. Uma mãe com direito a M maiúsculo, minha Mãe! Os ladrõezinhos saíram pulando tudo, voltando por onde vieram mas chamando ela de louca. É, toda mãe tem um pouco de loucura lá no fundo. Loucura que se manifesta principalmente na hora de proteger sua prole. E só pra constar, já a muito tempo a minha mãe não tem arma de fogo. Hahahaha...
Minha mãe sempre procurou dar exemplo de pessoa trabalhadora, esforçada, daquelas que não esperam nada cair do céu. Sempre se mostrou firme, forte, usando da inteligência e perspicácia que possui nas mais mais variadas situações que a vida colocou diante de si. Minha mãe é guerreira, sempre foi. Errou algumas vezes, como todo ser humano. Mas erro nenhum tira em nada todo o mérito que ela tem. Eu mesma não me sinto tão insegura na vida porque eu vi ela batalhar sozinha e vencer muitas dificuldades. E ela sendo minha mãe, sei que sou capaz tanto quanto ela, eu tive exemplo, um ótimo laboratório por quase 18 anos, vi na prática como se faz. Minha mãe é exemplo, minha mãe é história, minha mãe é saudade. Que saudades do seu colo dona Luzinete, um colo que mal tive – filho mais velho sempre se ferra nesse quesito... hahaha  – mas eu sei bem o quanto era bom e ainda é. Em breve vou a Curitiba, comer o melhor bolo de banana do mundo. Posso aproveitar e comer a melhor lasanha, carne de panela e também o melhor arroz doce e o melhor mosaico de gelatina, totalmente delicioso e colorido. Mãe, pensar em você me traz um aperto de saudade, em breve dou um jeito nisso. Te amo.